Iniciativa é do Instituto Movimento Científico da Amazônia (Mocam). Estudantes foram premiados premiados pelo Fórum Espacial Austríaco. Já imaginou sentir um cheiro específico e lembrar do assunto de uma prova? Esse é o objeto de uma pesquisa feita por estudantes da rede pública de ensino de Rondônia. Pelo projeto, eles foram premiados pelo Fórum Espacial Austríaco em Campo Grande (MS).A iniciativa é do Instituto Movimento Científico da Amazônia (Mocam) e a professora da rede estadual Diva Antunes Requenha é a orientadora. Há dois anos, eles estudam a influência da memória ofaltiva na aprendizagem de alunos da rede pública. A estudante Victória Kássia fez uma pesquisa junto aos colegas de classe e percebeu que o nervosismo, entre outros fatores, dificultam a fixação do conteúdo e a memória no momento da prova. "Querendo ou não nós adolescentes ficamos muito nervosos durante as aulas, durante as provas e acaba que não conseguimos fazer. Nós fizemos uma pesquisa e descobrimos que através do sistema límbico e olfativo eles iriam ter um gatilho", explica. E os aromas utilizados na pesquisa são bem característicos da Amazônia: cupuaçu, ingá, açaí, tucumã e outros frutos nativos. A professora Diva explica que o objetivo da pesquisa é espalhar o cheiro dos frutos durante as aulas por um período de seis meses e nas provas, com o objetivo de avaliar se a memória olfativa dos alunos é ativada para, assim, garantir uma melhor aprendizagem. "O projeto ganhou o prêmio por sua potencialidade e pelo impacto que ele pode causar na educação, mas ainda está em desenvolvimento. Nós já conseguimos detectar que ele aumenta a capacidade de absorção e fixação do conhecimento, agora a gente quer quantificar", explica. O objetivo é que o experimento seja feito em escolas da rede pública de Rondônia. Alunos de Rondônia são premiados internacionalmente com projeto de memória olfativaReproduçãoReconhecimento internacional No último mês, o projeto Memórias Olfativas foi premiado pelo Fórum Espacial Austríaco durante uma feira de ciências realizada em Campo Grande (MS).Os estudantes de Rondônia competiram com outros 900 jovens cientistas de todo o país, com cerca de 200 projetos, e foi um dos cinco premiados pelo Fórum. Para a professora Diva, o sentimento é impagável. "É muito gratificante como professora, como pesquisadora ver os alunos se destacando, principalmente alunos da escola pública que a gente sabe que na sua grande maioria não tem grandes oportunidades, então vê eles fazendo algo que gostam e isso sendo reconhecido, é uma vitória já, não tem preço", comenta.