MPF apontou que procedimento é "extremamente invasivo e desproporcional". Unir informou que o edital foi retificado. Universidade Federal de Rondônia, campus Porto Velho Ana Kézia Gomes/ g1A Universidade Federal de Rondônia (Unir) acatou uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) e retirou a exigência de um exame conhecido como papanicolau em concurso público para professores. A regra era exclusiva para mulheres.O edital do dia 30 de março de 2022 estabelecia que, caso fossem selecionadas no processo seletivo, as candidatas precisariam passar por uma série de exames, incluindo o de citologia oncótica - papanicolau.Na recomendação, o procurador da República Raphael Luís Pereira Bevilaqua apontou que o procedimento é "extremamente invasivo" e viola o direito de privacidade das candidatas, além de ser considerado uma "medida desproporcional"."Além de ser ilegal e ferir o princípio constitucional da isonomia e a vedação das praticas discriminatórias, uma vez que para os candidatos do sexo masculino exige-se apenas o exame PSA, obtido por simples análise sanguínea".O papanicolau serve para identificar doenças como HPV e câncer no colo do útero. Segundo o MPF, nenhuma dessas doenças poderia declarar um candidato inapto para os cargos oferecidos no concurso.A recomendação do órgão foi feita no dia 6 de maio. De acordo com a universidade, a orientação foi acatada e o edital do processo seletivo que está em andamento foi retificado, retirando a exigência do exame.VÍDEOS: veja mais notícias de Rondônia