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'Vou ter de trabalhar pensando no estado', diz Cel. Marcos Rocha sobre relação com novo presidente eleito


Bolsonaro tentou reeleição e foi derrotado por Lula com uma diferença de 2,1 milhões de votos. Governador bolsonarista, Rocha utilizou as redes sociais para lamentar a derrota do candidato. Cel. Marcos Rocha é entrevistado no JRO1 após confirmar reeleição ao governo de RO

Governador reeleito em Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União) comentou sobre a campanha eleitoral e planos para mais um mandato durante entrevista à Rede Amazônica nesta segunda-feira (31). Ao ser questionado sobre a relação com Lula, novo presidente eleito, Rocha disse que “vai ter que trabalhar pensando no estado”. (Confira no vídeo acima).

“Todo mundo sabe que eu sou amigo do presidente Bolsonaro. Mas eu quero dizer pra população que vivemos em um país democrático e eu vou ter de trabalhar pensando no estado de Rondônia para que nosso estado cresça e seja desenvolvido”, apontou.

Na eleição de 2018, Rocha e Bolsonaro eram aliados do mesmo partido, inclusive concorrendo com o mesmo número nas urnas. Neste novo pleito, ambos concorreram à reeleição, mas em partidos diferentes.

“Foi uma eleição extremamente difícil. Lá em 2018 eu estava com o mesmo número do presidente Bolsonaro. Dessa vez, por um acaso, eu fiquei em um partido e ele teve de ir pra outro”, comentou Rocha.

No resultado final, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Coronel Marcos Rocha foi reeleito governador de Rondônia, com 52,47% dos votos, mas Bolsonaro não conseguiu a reeleição e foi derrotado por Lula, com uma diferença de 2,1 milhões de votos.

Nas redes sociais, Rocha lamentou a derrota do presidente.

"Ontem o dia foi de comemoração para Rondônia por um lado, com a minha eleição, mas também de tristeza para muitos, que assim como eu, defenderam a reeleição do presidente da República, meu amigo Jair Bolsonaro", escreveu Marcos Rocha.

Ainda em entrevista, o governador ressalta que tem uma boa quantidade de apoiadores na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) e no Senado - apesar de nenhum dos seus aliados ser de Rondônia.

"Outra coisa: um governador não é governador de um grupo, ele é governador de todos. Nessas eleições, pessoas que estavam comigo durante os 4 anos, pessoas que eu perdoei de ações passadas, pessoas que eu trouxe pra perto me traíram. No entanto, eu sou o governador delas também. No meu governo não tem perseguição".

Segundo ele, a prioridade do seu governo será o povo rondoniense.

“Eu sempre fiquei pensando: qual é a prioridade? E aprendi durante a pandemia que, ao invés da gente falar que é saúde, segurança e educação, a gente tem que falar que a verdadeira prioridade é o rondoniense. Então eu coloquei no foco deste novo mandato que a pessoa, o rondoniense, vai ser a prioridade”.

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