Dallagnol Diz Que "Acusação Escancarada" De Corrupção Contra Lula Nunca Foi Julgada

O ex-presidente teria usado recursos da Odebrecht para comprar apartamento em São Bernardo do Campo, segundo ex-procurador

Por ContraFatos em 26/10/2022 às 07:23:07

O ex-presidente teria usado recursos da Odebrecht para comprar apartamento em São Bernardo do Campo, segundo ex-procurador

O deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse na segunda-feira (24) que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) teve uma terceira acusação de corrupção que nunca foi levada à . Segundo Dallagnol, que é ex-procurador da Lava Jato, essa foi a acusação "mais escancarada de todas" contra o petista.

Em entrevista a um podcast, Dallagnol disse que Lula teria desviado R$ 12,4 milhões que a construtora Odebrecht repassou ao Instituto Lula e usado esse dinheiro para comprar um apartamento em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com o ex-procurador, corrigido para os dias atuais, o valor movimentado pelo ex-presidente chegaria à casa dos R$ 30 milhões.

"Esse terceiro processo envolvia dinheiro que saía da Odebrecht e ia parar no apartamento do lado de onde ele vivia em São Bernardo do Campo. Ele quebrou a parede e passou a ocupar o apartamento. E nesses imóveis estavam envolvidos coisa de R$ 12,4 milhões. Se você somar esses benefícios pessoais e atualizar, o valor dá R$ 30 milhões. Fora o fato de que ele foi condenado por corrupção no esquema maior, da Petrobras", explicou.

Dallagnol comentou que essa acusação nunca foi julgada em virtude da decisão do STF ( Tribunal Federal) de considerar a 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba incompetente para julgar os processos de Lula na Operação Lava Jato. O ex-presidente recebeu duas condenações, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas ambas foram anuladas, conforme o entendimento do STF.

"Esse processo foi derrubado antes de ser julgado por conta de decisão do Supremo. Esses processos não têm jeito de ser retomados porque quando a decisão do Supremo anula tudo, inclusive as buscas e apreensões, impede que você use documentos que você apreendeu. E não tem como restituir aqueles documentos. Você não vai devolver para o réu e conseguir apreender de novo", disse Dallagnol.

As informações são do R7.


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