Esse é o segundo dia de protesto após a operação contra garimpo ilegal que explodiu dragas no rio Madeira. Polícia Militar está no local do bloqueio. Fila de carretas se forma devido bloqueio na Estrada do Belmont em Porto Velho
Garimpeiros e familiares voltaram a fechar uma via em Porto Velho em manifestação contra a operação da Polícia Federal que investiga atividades de mineração ilegal no rio Madeira. Nesta quinta-feira (13), o bloqueio foi feito na Estrada do Belmont, que dá acesso a portos e distribuidoras de combustíveis.
A rodovia foi fechada com pneus, pedaços de madeiras e restos de eletrodomésticos. Filas de carros e carretas estão formadas dos dois lados a espera da liberação. A Polícia Militar está no local.
Bloqueio na BR-319
Manifestação na BR-319 em Porto Velho
Carolina Brazil
O mesmo grupo fechou na última quarta-feira (12) um trecho da BR-319, próximo a ponte sobre o rio Madeira. Eles atearam fogo em pneus e pediram a presença de autoridades, em protesto contra a explosão de dragas que atuavam com garimpo ilegal no rio.
Filas de carros e carretas foram formados dos dois lados da via e após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada.
Operação no rio Madeira
PF e Ibama realizam operação contra o garimpo ilegal no Norte do país
Embarcações do tipo "dragas", utilizadas no garimpo ilegal no leito do rio Madeira, em Porto Velho, estão sendo destruídas por uma operação da Polícia Federal (PF) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação iniciou na quarta-feira (12) e não tem data para ser finalizada.
Segundo a PF, a operação busca "desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água".
Até o momento, 81 embarcações já foram fiscalizadas e, de acordo com a polícia, todas as medidas administrativas legais e necessárias para a desestruturação da prática do garimpo ilegal foram tomadas.
Ainda segundo a PF, a destruição das dragas foi necessária por não ser possível guardar, transportar ou apreender os equipamentos das embarcações.
O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP), e não tem a atividade de garimpo permitida no local.