Uma operação de fiscalização resultou na apreensão de 488 toneladas de fertilizantes com suspeitas de falsificação.
Além das suspeitas de fraude dos produtos, a empresa que estava manipulando, embalando e comercializando os fertilizantes não possuía registro no Mapa, nem na AgĂȘncia de Defesa AgropecuĂĄria do ParanĂĄ (Adapar), órgão de fiscalização do governo do estado.
O estabelecimento não tinha licenças ambientais e estava operando sem um responsĂĄvel técnico.
Os produtos armazenados num barracão não apresentavam qualquer identificação.
A falta de registros dos produtos e do estabelecimento no Mapa configura grave desobediĂȘncia aos artigos 5.Âș e 8.Âș do Decreto 4954/2004, que são as premissas bĂĄsicas da legislação de fertilizantes no Brasil.
"Descumprindo essas premissas, o estabelecimento descumpre todas as demais exigĂȘncias previstas no arcabouço regulatório da fabricação e comercialização dos fertilizantes, porque somente o registro nos órgãos fiscalizadores possibilita que estes produtos sejam formulados, produzidos, manipulados e comercializados de forma segura para o uso do consumidor final", explicou Adriana Casagrande, auditora fiscal federal agropecuĂĄria, que participou da operação.
Os produtos apreendidos não poderão ser movimentados sem a autorização do Mapa até o julgamento do processo administrativo.
Os fertilizantes ilegais, sem registro no Mapa, constituem risco para a agropecuĂĄria, pela ausĂȘncia de procedĂȘncia e eficĂĄcia do produto.
Por este motivo, o Ministério orienta ao produtor rural a sempre buscar conhecer a origem dos insumos adquiridos e evitar comprar fertilizantes de fontes duvidosas.
Sem o registro no Ministério, não hĂĄ como garantir a qualidade e efetividade dos produtos.
A operação de fiscalização foi realizada na última terça-feira (20), no município de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (PR), em uma ação conjunta entre a equipe da Fiscalização e Sanidade Vegetal (Sisv) da SuperintendĂȘncia Federal de Agricultura do ParanĂĄ (SFA/PR) do Mapa, AgĂȘncia de Defesa Agropec euĂĄria do ParanĂĄ (Adapar), Receita Federal, Receita Estadual do ParanĂĄ, Instituto Ăgua e Terra (IAT), Delegacia da Polícia Civil de Pinhais e da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.