Pacientes estão sendo monitorados. Outros 24 casos suspeitos já foram descartados. Casos confirmados de Monkeypox em Rondônia são monitorados pela AgevisaRondônia tem dois casos confirmados de varíola dos macacos e mais quatro em investigação, de acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Os pacientes infectados com a doença estão sendo monitorados, mas a agência informou que as identidades e cidades deles não serão divulgados por receio de discriminação. Os dois primeiros casos do estado foram registrados no estado no último final de semana e outros 24 casos suspeitos já foram descartados. As amostras suspeitas eram levadas para o Instituto Ezequiel Dias, em Minas Gerais. Mas para ter mais agilidade no processo, os exames passaram a ser feitos na Fiocruz de Manaus (AM). Com isso, o diagnóstico positivo ou negativo para a varíola fica pronto em cerca de dez dias. A transmissão da doença se dá por via respiratória, contato com a pele lesionada ou objetos contaminados. Varíola dos macacos: resumo em 6 pontos explica o que é, sintomas, transmissão, prevenção, tratamento e vacinaCaso alguém sinta algum dos sintomas, deve procurar uma unidade de saúde para os primeiros atendimentos. Os pacientes sem sintomas graves devem se isolar por um período de duas a quatro semanas. "No estado de Rondônia é importante porque a epidemiologia tem essa informação de onde esse vírus está circulando, e com essa informação fazemos atividades de bloqueio, coloca o protocolo do Ministério da Saúde em ação e assim protegemos o cidadão para não contaminar sua família e nem o seu entorno", explica o diretor da Agevisa, Gilvander Gregório. Partícula do vírus da varíola dos macacos; SCIENCE PHOTO LIBRARYO que é a varíola dos macacos?A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.O vírus é considerado de superfície, ou seja, a transmissão ocorre pelo toque em lugares infectados. Para evitar contaminação, a orientação é realizar limpeza de superfícies com álcool 70%, água e sabão ou álcool em gel.A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;Da mãe para o feto por meio da placenta;Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.A doença no BrasilEm 15 de agosto, o Ministério da Saúde informou que a maioria dos casos de varíola dos macacos identificados no Brasil ocorreram entre homens. Entre os 2.219 pacientes já confirmados com a doença, 95% são pessoas do sexo masculino, sendo que 93,87% são homens entre 18 e 49 anos. A média de idade é de 36 anos.O panorama é o primeiro feito pelo governo federal sobre o perfil dos casos no Brasil. A apresentação ocorreu em Brasília com a presença do ministro Marcelo Queiroga, após o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir prazo de cinco dias para União e governos estaduais informarem as estratégias adotadas até o momento para enfrentar a varíola dos macacos.Os dados mostram que a disseminação da doença no país segue padrão equivalente ao apontado pela OMS: os principais afetados pela doença é a comunidade dos homens que fazem sexo com outros homens.O levantamento do Ministério da Saúde indica que 87% dos pacientes infectados pelo vírus monkeypox relata que o possível local de contaminação foi durante "contato íntimo com desconhecido".Os pacientes também foram perguntados sobre gênero (64% se declararam homens, 3,8% mulheres, e 28,6% não informaram), orientação sexual (18,5% se declararam homossexual e 75,6% não foi informado) e comportamento sexual (50% dizem ter relações sexuais com homens e 42,6% não informaram).No Brasil, ainda de acordo com o levantamento do ministério, o sintoma mais comum é a febre, seguido de adenomegalia (gânglios inchados) e dores (muscular e cefaleia).