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Jaqueline Cassol, candidata de RO ao Senado, diz ter sido abusada aos 6 anos e destaca luta em defesa das mulheres e crianças


Jaqueline Cassol concedeu entrevista nesta terça-feira (6) e falou sobre sua trajetória e principais propostas de campanha. Entrevistas com candidatos ao Senado seguem até 13 de setembro. Jaqueline Cassol, candidata ao PP, pelo Senado em Rondônia

Loide Gonçalves/g1

A candidata Jaqueline Cassol (PP), que disputa o Senado Federal por Rondônia nas Eleições 2022, falou em entrevista ao g1 e BDRO, nesta terça-feira (6), sobre suas principais propostas e bandeiras de campanha.

É a primeira vez que a Rede Amazônica sabatina aqueles que concorrem a uma vaga no Congresso. A rodada de entrevista acontece até o dia 13 de setembro.

As entrevistas são feitas pela jornalista Dislene Queiroz. São 20 minutos ao vivo durante o programa Bom Dia Rondônia (que inicia às 6h30), e depois o candidato responde mais 30 minutos de perguntas no g1.

Bom Dia Rondônia

Entrevista com a candidata ao senado federal Jaqueline Cassol do Progressistas

Em entrevista ao jornal Bom Dia Rondônia, a candidata falou sobre regularização fundiária e também sobre fiscalizações para combater crimes ambientais no estado (veja a íntegra acima).

"Primeiro, eu sou advogada, e estou legisladora. E tudo que é ilegal a gente não tem como aceitar. Vejo que o garimpo, inclusive nós tivemos tramitando na Câmara dos Deputados a questão da exploração em Terras Indígenas - votei contra, porque penso que a forma que tava lá não resolveria o problema. A gente não tem que só empurrar com a barriga. É um tema muito sensível. É uma situação que se tem que ter um olhar especial. Nós moramos num estado especial, que é extremamente rico, mas que infelizmente ainda acontece muitos crimes ambientais, seja com queimadas, desmatamento ou a questão do garimpo ilegal. A gente precisa que os órgãos de controle sejam fortalecidos, pra realmente começar a autuar. E as pessoas que trabalham dentro da legalidade, de forma séria, não seja responsabilizada. A gente não pode deixar acontecer uma inversão de valores: as pessoas de bem serem culpadas enquanto os criminosos ficam aí sem serem punidos", disse.

Sobre a questão da defesa indígena e o Marco Temporal, Jaqueline Cassol ressaltou que o tema é sensível, mas acredita que o Marco Temporal precisa ser aprovado.

"Primeiro eu já me posicionei como parlamentar federal que sou. É uma questão extramente sensível, mas eu vejo que o Marco precisa acontecer. Nós começamos tramitar no Congresso Nacional. O STF assumiu a pauta e começou a discutir, tá suspenso por hora. Ao meu ver, da Jaqueline Cassol, a partir do momento que sai o Marco Temporal nós vamos ter uma segurança jurídica tanto pro indígena quanto pro agricultor. E o indígena, eu falo com propriedade porque tenho trabalhado com eles e destinado recursos em várias áreas...ele quer trabalhar. Muitos falam que eles não têm a oportunidade e acesso às linhas de créditos porque não tem a terra no nome deles. Muitos dizem que o indígena é preguiçoso: que falta é oportunidade e acesso a crédito", afirmou.

Ainda na entrevista, a candidata ao Senado falou sobre educação e defendeu mais oportunidades para estudantes em instituições públicas.

"Eu continuo lutando para que o ensino gratuito realmente seja fortalecido. Nós precisamos aumentar o número de vagas, como eu falava de medicina em Porto Velho. A nossa faculdade, Unir, tem condições, mas só vão para cursos de empresas particulares. Uma outra coisa que falta também em Porto Velho: nós temos quatro faculdades de medicina, uma pública e três particulares. Não tem hospital universitário. Eu me comprometi com a direção da Unir, há quatro meses, em destinar R$ 30 milhões para a construção do hospital universitário. Porque isso ajuda a fortalecer o ensino, o aprendizado, a pesquisa, e a população sai ganhando", revelou.

g1

Senado nas Eleições 2022: Jaqueline Cassol fala de propostas se for eleita para o mandato

Já na entrevista ao portal g1, a candidata Jaqueline Cassol falou sobre o empoderamento e sua defesa pelas mulheres, inclusive com a criação de leis enquanto deputada federal, como a PL Antonieli, que propõe mudanças no código de processo penal brasileiro (assista o vídeo acima).

"Eu sou autora do Projeto de Lei Antonieli, que está tramitando na Câmara. Infelizmente um caso de feminicídio em Pimenta Bueno. Por um lapso que tem, eu coloco como erro no Código Penal e Processo Penal, o agressor, o criminoso, depois de matar a vítima ir tomar banho, ir pra igreja... No outro dia se apresentou espontaneamente [na delegacia] e saiu pela porta da frente. Isso é inadmissível na nossa legislação", ressaltou.

A candidata ao Senado também falou de outra lei que conseguiu aprovação enquanto deputada federal, a Henry Borel, que visa proteger crianças e adolescentes vítima de violência doméstica familiar.

Enquanto falava ao vivo sobre as propostas, na entrevista do g1, Jaqueline afirmou que defende as vítimas de violência principalmente porque já foi abusada.

"Nos últimos anos, mais de 100 mil crianças foram vítimas de violência doméstica familiar. Muitas vezes as mãos que afagam são as mãos que agridem, que abusam. E eu posso falar com propriedade porque aos 6 anos de idade eu fui vítima de abuso por parte de um funcionário. E eu só fui conseguir tratar disso depois de adulta. Fiz terapia, depois fui pra igreja e liberei perdão. Hoje não tenho vergonha de falar abertamente porque eu fui vítima", revelou.

A candidata ainda acrescenta: "Hoje a gente vive um Brasil em que a gente tem uma inversão de valores muito grande, que as vítimas elas acabam sendo mal vistas. Como uma mulher vítima de violência, quando chega na delegacia, a pessoa fala: e essa roupa? Por que você estava com essa roupa. Você discutiu com o marido? Você não deveria ter discutido, por isso ele te bateu'. A gente não pode aceitar isso".

Quem é Jaqueline Cassol

Atual deputada federal de Rondônia, Dirlane Jaqueline Cassol tem 47 anos e nasceu na cidade de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina.

Formada em Direito, Jaqueline Cassol tem pós-graduação em Direito Público e Penal. Os principais cargos públicos que ocupou foram de diretora-geral do Detran e secretária estadual de Assuntos Estratégicos, durante o governo do irmão, Ivo Cassol.

Em 2014 ela entrou na disputa pela cadeira do governo de Rondônia. Quatro anos depois, em 2018, ela se candidatou a deputada federal e foi eleita com 34.193 votos. Agora ela tenta a vaga de Senado pelo Progressistas (PP).

Entrevista com os candidatos ao Senado em RO

Os sete candidatos confirmaram participação nas entrevistas do Bom Dia Rondônia e g1. Todos tiveram representantes que assinaram uma ata com as regras dos encontros.

Confira a ordem das entrevistas com os candidatos ao Senado:

05/09 (seg) - Expedito Júnior (PSD)

06/09 (ter) - Jaqueline Cassol (PP)

07/09 (qua) - Mariana Carvalho (Republicanos)

08/09 (qui) - Acir Gurgacz (PDT)

09/09 (sex) - Jaime Bagattoli (PL)

Também serão realizadas entrevistas somente no g1 com:

12/09 (seg) - Dra Rosangela Lázaro (Agir)

13/09 (ter) - Pastor Josinelio (PMB)

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