Processo foi paralisado quando a defesa do acusado entrou com um pedido de avaliação psiquiátrica alegando que ele sofre de insanidade mental. Gabriel MasioliReproduçãoA avaliação psiquiátrica, solicitada pela defesa de Gabriel Henrique Santos Souza, apontou que ele "tem total capacidade e discernimento para averiguar o que é lícito e ilícito". O homem é acusado de matar Antonieli Nunes para não assumir a paternidade do filho que ela esperava, em Pimenta Bueno (RO).A ação penal estava suspensa desde abril, quando a defesa do acusado entrou com um pedido de avaliação psiquiátrica alegando que ele sofre de insanidade mental. A advogada e assistente de acusação confirmou que o laudo foi anexado ao processo esta semana.“Segundo o laudo, o réu Gabriel não possui nenhum tipo de transtorno mental, ele tem total capacidade e discernimento para averiguar o que é lícito e ilícito. Segundo o perito, na época dos fatos o Gabriel era totalmente consciente”, comentou Débora Cristina Moraes.De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), o resultado da análise foi enviado para o parecer do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e para a defesa.LEIA TAMBÉM: TJ nega atendimento psicológico particular para acusado de matar grávida em ROMP é contra atendimento psicológico particular para acusado de matar grávidaGabriel e as testemunhas do caso seriam ouvidos em maio deste ano, mas a audiência foi suspensa depois do pedido de avaliação psiquiátrica. A Justiça do Estado informou que, com o resultado, o processo deve voltar ao andamento normal e uma nova audiência deve ser marcada. DE CONCHINHA: Homem que matou grávida para não assumir paternidade diz que deu mata-leãoGabriel Henrique Santos Souza, de 28 anos, foi indiciado por feminicídio triplamente qualificado e aborto. O réu e a vítima tinham um relacionamento extraconjugal e ele teria cometido o crime para não assumir a paternidade do filho que ela esperava.Gabriel confessou ter matado Antonieli em Pimenta Bueno (RO)Reprodução/Redes SociaisRelembreA morte de Antonieli Nunes Martins, de 32 anos, chocou todo o país no início do ano. Ela foi encontrada morta em cima da cama por familiares com sinais de asfixia e perfuração por objeto cortante.LEIA MAIS: cronologia do caso AntonieliGabriel, no mesmo dia que o corpo foi achado, compareceu na delegacia no primeiro momento e confessou o crime, mas não ficou preso. Um dia depois, a Justiça de Pimenta Bueno decretou sua prisão e desde então ele se encontra detido.O acusado é casado e manteve um relacionamento extraconjugal com Antonieli por 10 meses. Um dia antes do crime, ela teria revelado a ele que estava grávida e não queria esconder quem era o pai.Em depoimento, Gabriel contou que teve um "ataque de ansiedade" e começou a estrangular Antonieli enquanto eles estavam deitados "de conchinha". Ele revelou que só parou o mata-leão quando não sentia mais o próprio braço, "de tanto que havia apertado o pescoço" dela.Alguns instantes depois, ele teria percebido que Antonieli respirava e pediu que ela desse sinais se ainda estava viva. Quando percebeu os sinais, ele deu uma facada no pescoço da mulher e abandonou a casa levando os pertences e objetos que tinha tocado.