Clima de deserto: Porto Velho registra umidade de 7%, menor do que a do Saara

Por Marcio Fraga em 26/07/2022 às 13:04:17
Tempo seco causa desidratação, mal-estar, dificuldade de respiração, secamento de mucosas. Tempo seco em Porto Velho

Herbert Cabral / TV Globo

O tempo seco em Porto Velho segue batendo recordes preocupantes, segundo medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A umidade do ar na segunda-feira (25) chegou a 7% – índice inferior ao registrado em Wadi Halfa, no Sudão, no deserto do Saara, um dos locais mais áridos do mundo (onde a umidade média é de 14%).

Com o novo registro da medição do Inmet, o dia 25 de julho entrou para a lista do dia mais seco de 2022 na capital de Rondônia.

A baixa umidade do ar é considerada preocupante pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pelos efeitos que provoca no organismo – desidratação, mal-estar, dificuldade de respiração, secamento de mucosas. Segundo o órgão, a umidade ideal é de 60%.

Na semana passada Porto Velho já havia atingido índices preocupantes de umidade. Na quinta-feira (21) a umidade atmosférica chegou a 10%.

Além da secura, a capital tem registrado calor intenso principalmente durante a tarde. Na segunda-feira os termômetros chegaram aos 36,4°C, a quarta maior temperatura do país.

Dicas para ajudar o corpo neste tempo seco

- Aumentar a ingestão diária de líquidos (água, água de coco) independente de apresentar sede ou não (beber pelo menos 06 copos de água de tamanho médio)

- Evitar os banhos prolongados com água quente e o uso excessivo de sabonete, para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele;

- Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos 6 vezes ao dia. Este procedimento evita o ressecamento nasal, diminuindo a ocorrência de sangramento;

- Evitar o uso de aparelhos de ar-condicionado, pois eles retiram ainda mais a umidade do ambiente;

- Trajar roupas adequadas às condições do tempo. Usar roupas leves e claras, e se possível de algodão;

- Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que possível;

Sol, calor e baixa umidade exigem cuidados à saúde para quem vive em Rondônia

- Evitar exercícios físicos e atividades que atinjam grande esforço no período das 10h às 16h, ao ar livre. Neste período, a insolação e evaporação atingem seus índices máximos;

- Usar protetor solar, creme hidratante ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele;

- Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente;

- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol em áreas com vegetação;

- Recomendar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em ambientes fechados, entre 10 e 16 horas;

- Usar umidificador, ou colocar toalhas molhadas e bacias com água nos quartos durante todo o dia. Isso ajuda a manter o ambiente úmido;

- As crianças e os idosos são os que mais sofrem com a baixa umidade, pois as crianças estão com o organismo em formação, enquanto que os idosos são mais sensíveis a mudanças bruscas de ambiente. No entanto, o mal-estar causado pela baixa umidade pode ocorrer com pessoas de qualquer faixa etária.
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