Às vésperas da eleição e, segundo pesquisas, perdendo para o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro repetiu durante uma missa em Natal neste sábado (16) que ora para que o Brasil não passe por um regime comunista.
– Tudo para nós é ensinamento. Nada tememos, nem a morte, a não ser a morte eterna. Isso nos leva aos mártires que nos ajudam a solidificar a nossa fé. Toda manhã me levanto e faço algo que me dá forças para vencer: rezo um Pai Nosso e peço a Deus que o nosso povo, vocês, brasileiros, não experimentem as dores do comunismo – declarou, sendo muito ovacionado pelos fiéis que acompanham o culto.
De acordo com o chefe do Executivo, ainda que ele estivesse num rito religioso e espiritual, é preciso ter consciência de que, na vida na Terra, são necessários bens materiais.
– O mundo todo vem sofrendo as consequências do fique em casa e a economia a gente vê depois e de uma guerra (no Leste Europeu) – lembrou ele sobre o que ocorreu no auge da pandemia, quando muitos países determinaram a quarentena. O Brasil também ficou paralisado a contragosto do presidente.
Bolsonaro salientou aos presentes que todos terão um encontro final com Deus e que "ninguém escapará desse dia".
– Cada um vai ter um currículo a apresentar, esse currículo não é um pedaço de papel, é toda a nossa passagem aqui na Terra, tudo aquilo que nós fizemos e, principalmente, aquilo que nós não fizemos, nossa omissão – declarou.
Ao final de suas declarações, Bolsonaro enfatizou quatro palavras que, segundo o chefe do Executivo, são as mais importantes para as pessoas: Deus, pátria, família e liberdade.
Na programação divulgada pelo Palácio do Planalto, havia a previsão de que o presidente assistisse à missa no Santuário dos Mártires, às 10 horas – o que só ocorreu há pouco – e que ao meio-dia se encontrasse com pastores da Assembleia de Deus. A perspectiva era a de que, às 13 horas, o chefe do Executivo chegasse para a concentração da Marcha para Jesus, prevista para começar às 14 horas.
Na sequência, a expectativa era que Bolsonaro viajasse para Fortaleza. Lá, ele deve desembarcar e ir em motociata até a Marcha para Jesus, que está marcada para 15 horas. Esta será a primeira visita à capital cearense desde que assumiu a Presidência.